segunda-feira, 27 de abril de 2020

Vibrio cholerae e Hepatócitos

Células Procarióticas e Eucarióticas 



Células Procarióticas:

As células procariontes ou procarióticas, também chamadas de protocélulas, são muito diferentes das eucariontes. A sua principal característica é a ausência de carioteca individualizando o núcleo celular, pela ausência de alguns organelas e pelo pequeno tamanho que se acredita que se deve ao fato de não possuírem compartimentos membranosos originados por evaginação ou invaginação. Também possuem DNA na forma de um anel não-associado a proteínas (como acontece nas células eucarióticas, nas quais o DNA se dispõe em filamentos espiralados e associados à histonas).Estas células são desprovidas de mitocôndrias, plastídeos, complexo de Golgi, retículo endoplasmático e sobretudo cariomembrana o que faz com que o DNA fique disperso no citoplasma.






Células Eucarióticas:

As células eucariontes ou eucarióticas, também chamadas de eucélulas, são mais complexas que as procariontes. Possuem membrana nuclear individualizada e vários tipos de organelas. A maioria dos animais e plantas a que estamos habituados são dotados deste tipo de células. A célula é extremamente organizada apresenta três partes básicas membrana plasmática, citoplasma e núcleo. O núcleo representa o centro de comando da célula. Esse comando só ocorre porque no núcleo está o DNA.

O DNA armazena as informações, ou seja,  as características de cada ser vivo.



Hepatócitos                     
O que é isso?

São células eucarióticas  parenquimatosas do fígado.  


Os hepatócitos ocupam cerca de 80 % das células do fígado são compostas por hepatócitos. O fígado é de essencial importância para o corpo humano já que ele funciona como glândula exócrina e endócrina ele funciona como um laboratório, metabolizando medicamentos que trabalham nos diversos órgãos do corpo humano.Desta forma podemos dizer que se afirmar que as células presentes no fígado atuam na intenção de possibilitar a assimilação de substâncias nutritivas para o sangue e a expulsar resíduos e toxinas .Ele também é responsável pela excreção de glicogênio, vitaminas, ferro e cobre. Dá pra perceber como os hepatócitos são necessários para o bom funcionamento do nosso corpo.Os hepatócitos são as células que constituem o parênquima do fígado correspondendo a 80% de sua população celular. O fígado é um órgão indispensável para o bom funcionamento do corpo humano e exerce diversas funções dentre elas a síntese de proteínas como a albumina, proteína responsável pelo transporte e manutenção do controle osmótico, protrombina e fibrinogênio, responsáveis pelo processo de coagulação sanguínea, lipoproteínas e outras proteínas utilizadas na manutenção celular do próprio hepatócito. As hepáticas também são responsáveis pela secreção da bile e armazenam diversos metabólitos tais como gorduras neutras, vitamina A e glicogênio. por serem ricos em retículo endoplasmático liso, os hepatócitos têm um papel ativo na desintoxicação e neutralização de toxinas através de processos de acetilação, conjugação, metilação e oxidação.

Como eles são? Os hepatócitos são células poligonais com aproximadamente 30μm de comprimento por 20μm de largura e se organizam em placas que se anastomosam e formam unidades morfológicas chamadas de lóbulos hepáticos. Estas placas são formadas por uma única camada de células que se orienta radialmente formando figuras poliédricas de cerca de 0,7 por 2mm de área. Em sua maioria estes lóbulos hepáticos possuem suas laterais intimamente associadas umas às outras, porém em determinadas regiões, entre os lóbulos, há a presença de tecido conjuntivo e vasos sanguíneos, estas regiões localizam-se nos vértices das figuras poliédricas e recebem o nome de espaço-porta. Cada espaço-porta é recoberto por uma capa de tecido conjuntivo e contém em seu interior uma arteríola, uma vênula, um ducto biliar, nervos e vasos linfáticos.

Entre cada placa formada pelos hepatócitos há um espaço chamado espaço de Disse onde é possível observar capilares sinusóides. Além do espaço de Disse, outra estrutura que fica entre os hepatócitos é o canalículo biliar formado pelo contato entre dois hepatócitos adjacentes.

Os hepatócitos, quando observados com microscopia de luz, apresentam citoplasma granular devido a presença de grumos basófilos que representam as mitocôndrias e o retículo endoplasmático rugoso. Devido a sua função de desintoxicação do corpo, possuem em seu interior uma grande quantidade de lisossomos e peroximos, além de complexo de Golgi bem desenvolvido. O núcleo do hepatócito é grande e central apresentando forma arredondada ou oval apresentando um ou mais nucléolos. Podem ser observados células que possuem dois ou mais núcleos. As células binucleadas representam cerca de 25%.

Neste tipo celular é comum a presença de uma condição genética onde, no núcleo celular, são encontrados mais de dois conjuntos de cromossomos homólogos chamada de poliploidia. A poliploidia nos hepatócitos pode ocorrer em até 80% das células. Por ser um tipo celular muito ativo, o citoplasma das células do fígado é rico em organelas, são encontradas cerca de 2 mil mitocôndrias, 300 lisossomos e o retículo endoplasmático ocupa cerca de 15% do volume celular. Ainda no citoplasma, é encontrada uma grande quantidade de glicogênio geralmente associado ao retículo endoplasmático liso, este glicogênio serve como reserva de glicose para o organismo.


Vibrio choleare 
O que é isso?

O vibrião colérico é uma célula procariótica que  libera uma toxina por dois soros grupos no organismo humano e essa toxina se fixa nas paredes do intestino e muda seu fluxo normal de sódio e cloreto fazendo com que resulte em diarreia aquosa, e isso é perigoso pois pode levar a desidratação. Essa doença esta ligada a qualidade de higiene e saneamento.

  

Vibrão colérico foi descoberto por Robert koch em 1883

Nasceu em de 1843 em Clausthal, na região do Harz (Alemanha), Em 1876 realizou a primeira demonstração sobre o ciclo de vida do bacilo de antraz ou carbúnculo (Bacillus antracis). Koch comprovou pela primeira vez a relação entre o micro-organismo e uma doença infecciosa. Decisiva foi a precisão dos métodos por ele empregados, valendo-se de um laboratório minimamente equipado, em sua casa de moradia
Chefiou a Expedição Alemã do Cólera, por ocasião de uma epidemia no Egito, tendo descoberto naquele país, no início de 1884, o bacilo causador do cólera (Vibrio cholerae). Ele descobriu que o ser humano ingere essa bactéria principalmente por meio da água.

  

Cólera

Vamos saber mais

Já sabemos que ela é causada pela bactéria vibrião colérico, mas como se dá a sua transmissão?
  • A pessoa infectada elimina a Vibrio cholerae nas fezes de 7 a 14 dias. São essas fezes que podem contaminar alimentos e água.
  • Para ocorrer a contaminação, o indivíduo não precisa apresentar sintomas (quase 90%); algumas vezes tem apenas diarreia leve.
  • A ausência de sintomas é um grande problema, pois a pessoa não tem consciência do que está acontecendo.
  • A infecção direta entre humanos é muito difícil, porque necessita uma quantidade muito grande de bactérias.
  • A bactéria se prende às paredes do intestino do hospedeiro.
  • Em alimentos, a bactéria pode sobreviver até cinco dias em temperatura ambiente e dez dias em temperaturas mais baixas (de 5º a 10º C). Quando o alimento é congelado, a bactéria pode resistir, mas sua multiplicação é mais lenta.
  • Falta de saneamento básico.
  • Água não tratada.
  • Alimentos mal cozidos, frutas e verduras infectadas.


Entre os principais sintomas estão: 
  • Quando instalada a cólera (depois de uma incubação que pode variar de algumas horas até cinco dias) pode ocorrer uma diarreia aquosa, potencialmente fatal, com evolução rápida para a desidratação grave e diminuição da pressão sanguínea.
  • Boca seca.
  • No início, a diarreia pode ser confundida com uma diarreia comum;
  • Sua cor é esbranquiçada como água de arroz.
  • Podem aparecer vômitos, mas geralmente não são acompanhados de dores abdominais ou febre.
  • Esses vômitos também servem como transmissores da doença.
Entre as medidas profiláticas estão:
  • Beber água tratada ou fervida.
  • Consumir alimentos bem cozidos, frutas e verduras desinfetadas com cloro.
  • Lavar as mãos com água e sabão.
  • Tomar vacina
  • A bactéria não resiste à temperatura de 80º C.
  • Manter a higiene da casa e objetos, ela também não resiste à exposição ao cloro.


O tratamento se dá através:
  • O diagnóstico é importante para se evitar uma epidemia e, para o paciente, para a pesquisa de susceptibilidade aos antimicrobianos.
  • O tratamento é feito através da reidratação do doente:
  • Em casos mais simples, com o uso do soro fisiológico ou soro caseiro:
  • Uma pitada de sal, meia xícara de açúcar e meio litro de água tratada.
  • Antibióticos e fluidos. 



Bibliografia

Histologia básica I L.C.Junqueira e José Carneiro. - [12 . ed]. - Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013.

Hernadez F Carvalho, Carla Beatriz Collares Buzato. Células: Uma abordagem multidisciplinar. Editora Manole, 2005

Abraham L. Kierszenbaum. Histologia e Biologia celular, Uma introdução à patologia. 3ª edição. Elsevier, 2012

Texto originalmente publicado em https ://WWW.infoescola.com/histologia/hepatocitos

GRUNKRAUT Melannie “Pense no Meio Ambiente. WWW.coopermit.com.br